quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Queda de 43% selou destino da venda de dívida da Biosev


biosevO fracasso da venda salienta a aversão dos investidores aos produtores de açúcar em um momento em que o setor os sobrecarrega com perdas
Biosev: a empresa, cujas ações caíram mais de 40 por cento desde uma oferta pública inicial em abril, tem US$ 2,2 bilhões em dívida

Nova York – O fracasso da venda de dívida da Biosev SA salienta a aversão dos investidores aos produtores de açúcar do Brasil em um momento em que o setor os sobrecarrega com perdas em bônus três vezes maiores que a média dos mercados emergentes.
A segunda maior processadora de cana de açúcar do Brasil cancelou sua oferta de US$ 300 milhões em bônus de sete anos em 9 de outubro após o yield de 12 por cento que ela ofereceu fracassar em atrair suficientes compradores, disseram fontes familiares à venda.
Os bônus vendidos por seus concorrentes classificados como junk, como Grupo Virgolino de Oliveira SA e Aralco SA Açúcar Álcool, caíram 12 por cento neste ano, contra uma queda média de 3,1 por cento das dívidas corporativas de países em desenvolvimento.
Enquanto os emissores de grau especulativo de mercados emergentes tomaram emprestado US$ 38 bilhões no mês passado, o maior nível desde maio, a Biosev cancelou sua venda de bônus em um momento em que a maior queda de dois anos do açúcar desde 1999 aprofunda uma crise nos lucros.
A Biosev, cujas ações caíram mais de 40 por cento desde uma oferta pública inicial em abril, tem US$ 2,2 bilhões em dívida e ficará sem dinheiro em menos de 15 meses com base em seu fluxo de caixa, mostram dados compilados pela Bloomberg. A taxa de 12 por cento que a Biosev ofereceu para pagamento é 1,5 vez a média para bônus de empresas de mercados emergentes que compartilham da classificação B1.
“Há muita preocupação em relação ao setor açucareiro”, disse Omar Zeolla, analista corporativo de crédito da Oppenheimer Co., em entrevista em Nova York.
Bônus da Aralco
A Biosev preferiu não comentar o fracasso na oferta, disse por e-mail um assessor de imprensa que pediu para não ser identificado por causa da política da empresa.

Fonte:  http://exame.abril.com.br/

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