domingo, 15 de dezembro de 2013

Dias chuvosos têm diminuído

- Publicado no Blog do Robson Pires
molionA Tribuna ainda destaca que a temperatura elevada, menos nuvens e chuvas concentradas em menos dias. Essa é a estimativa para a região do Nordeste até meados de 2030, segundo Luiz Carlos Molion, professor e pesquisador da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e PhD em Meteorologia. Apesar de não prever uma seca extrema, ele conta com uma redução de chuvas de 10% a 20% de longo prazo nos próximos dez anos. As previsões tem como base o estudo de 60 anos de chuvas e conta como indicadores climáticos a variação da temperatura de superfície do oceano atlântico e pacífico.
Comparado ao período de 1976 a 2010, o dia de chuvas de 2010 até os dias atuais diminuíram em 20%. a média anterior era de 110 dias de chuvas. Atualmente, já se constata apenas 90. Apesar de menos dias de chuvas, o total pluviométrico terá pouca variação. “No período da nossa estação chuvosa, que vai de abril a julho, vamos ter alguns dias com chuva muito intensa de tal forma que o total pluviométrico do ano não reduz tanto. Essas chuvas mais intensas vão compensar chuvas menores em vários outros dias”, explica.
Como vantagem, a estimativa garante a não presença de seca severas, mas uma regularidade de chuvas. “A seca do ano passado foi uma seca excepcional, não acontece frequentemente, uma seca dessa só daqui a 30 anos”, prevê. No entanto, para regiões como o Semi-árido do Rio Grande do Norte, a redução, mesmo que aparentemente pequena, se torna crítica pelo histórico de falta desses últimos dois anos de seca.
A taxa de evaporação é crescente no Nordeste. O que compromete os reservatários de água. O mês de março deverá registrar máximas de 37° a 38°, no litoral, e no sertão pode chegar a mais de 40º. Com este clima as chuvas não serão suficientes para suprir a perda natural de água. “Vai reduzir as chuvas, reduzir a cobertura de nuvens, que servem como um guarda-sol, e as temperaturas nos meses de fevereiro e março serão elevadas”, afirma Molion. “Pode ser que chova quase 5 vezes menos do que o necessário para a evaporação”.

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