sábado, 25 de maio de 2013

Polícia rastreia origem de boatos

Brasília (ABr) - A Polícia Federal (PF) já tem informações sobre pessoas que receberam telefonemas no último final de semana com mensagens sobre o fim do Bolsa Família. A PF não confirma o número de pessoas identificadas, mas afirma que dispõe de informações sobre a possibilidade de o boato ter surgido a partir de ligações originadas por telemarketing. As investigações começaram na segunda-feira, por determinação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Na terça-feira, Cardozo levantou a suspeita de que a ação possa ter sido “orquestrada” devido à velocidade com que os boatos sobre o fim do Bolsa Família se espalharam. A Caixa Econômica Federal ficou de repassar ontem à Divisão de Crimes Cibernéticos da PF, responsável pelas investigações, as informações relativas aos dois primeiros saques feitos após a disseminação do boato. Os dados podem ajudar a localizar a origem dos rumores.

Somente no último final de semana, a Caixa Econômica Federal registrou 920 mil saques de beneficiários do programa. As informações desencontradas sobre o pagamento do Programa Bolsa Família provocaram uma corrida às agências que levou os beneficiários a sacarem R$ 152 milhões.

Após o ocorrido, o governo federal disse que vai passar a fazer um monitoramento “mais fino”  dos saques feitos por beneficiários do Programa Bolsa Família durante os finais de semana. Segundo a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, a medida vai se somar a outros mecanismos de controle do pagamento dos benefícios. A finalidade é permitir uma resposta mais rápida a problemas como os tumultos do último fim de semana em agências bancárias da Caixa Econômica Federal e lotéricas de 12 estados.

No Rio Grande do Norte, os beneficiários do programa invadiram agências da Caixa Econômica em Parnamirim, no domingo, logo depois que o boato estava disseminado. As agências de Parnamirim, Mossoró. Nova Cruz, Caicó, João Câmara, Goianinha, Canguaretama e duas agências em Natal (nos bairros do Alecrim e Igapó) ficaram completamente lotadas. 

FONTE: Tribuna do Norte ON-Line

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