O ano letivo das escolas municipais de Natal corre o risco de acabar
antes da data prevista, 21 de dezembro. Isso porque a maioria dos
porteiros e auxiliares de secretaria - profissionais terceirizados pela
prefeitura - está há dois meses sem receber os salários e outros
benefícios como vale transporte e ticket alimentação. Além disso, boa
parte das escolas e CMEIs estão sem merenda. Na Escola Municipal
Veríssimo de Melo, em Felipe Camarão, o vigia do turno da noite já não
vai mais ao trabalho. Segundo o diretor da escola, Walker Francis, o
motivo é a falta de dinheiro para pagar o transporte.
"Aqui na escola temos vigias e auxiliares administrativos terceirizados pela empresa SS Construções que estão sem receber os salários. E se eles pararem, nós suspenderemos as aulas porque não tem condições de deixar os alunos na escola sem esses profissionais. Além disso, desde a segunda-feira (05) não temos merenda para os alunos e nem gás de cozinha", disse o diretor da escola.
Na tarde de ontem, os vigias de algumas escolas e CMEIs do bairro de Felipe Camarão se reuniram para definir o que fazer caso os repasses não sejam feitos. Muitos estão com aluguel da casa atrasado com ameaça de despejo, outros com água e luz cortadas.
"Enquanto tem uns que querem fazer greve por aumento de salário, nós estamos aqui lutando para tentar receber os atrasados. Eu estou com a pensão do meu filho atrasada. A gente não quer parar, mas parece que essa vai ser a única saída ", disse um dos porteiros que não quis se identificar com medo de represálias.
De acordo com o vice-diretor da Escola Municipal Francisca Ferreira, Milton França, em alguns CMEIs os porteiros já não estão indo mais. Um outro vigia, que também não quis se identificar, disse que tem que escolher entre ir trabalhar e ficar sem receber ou tentar fazer 'bico' e ganhar algum dinheiro para levar comida para casa.
Pelo contrato, cada vigia deveria receber um salário bruto de R$646,00, mais R$75,00 de ticket alimentação e vale transporte. Mas há dois meses eles não recebem os valores devidos e nem a previsão de quando poderão contar com esse dinheiro já, que segundo eles, a SS Construções, empresa terceirizada pela qual são contratados, não dá nenhuma satisfação sobre o pagamento.
"A gente liga e a pessoa que atende, muito mal educada por sinal, se nega a dar informação. Diz apenas que não há previsão de pagamento", disse um dos porteiros.
A reportagem da TRIBUNA DO NORTE entrou em contato com a SS Construções, através da assessoria de comunicação, mas até o fechamento desta edição não houve nenhum retorno sobre a regularização dos pagamentos. O secretário de educação, Walter Fonseca, também foi contatado, mas não atendeu e nem retornou as ligações.
MERENDA
O fornecimento da merenda escolar por parte do município de Natal ainda não foi normalizado. Os alunos da Escola Municipal Veríssimo de Melo, em Felipe Camarão, foram dispensados mais cedo ontem a tarde porque não havia merenda. A situação, segundo o diretor da escola, Walker Francis, é semelhante na maioria das escolas e CMEIs de toda a cidade.
Na semana passada a secretaria de educação informou que 55.963 alunos estavam sem a merenda escolar diária devido ao bloqueio de verbas da Prefeitura que atingiu recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Além das escolas municipais, quatro CMEIs paralisaram os atendimentos pela falta de recursos.
A TN não conseguiu contato com a SME para pegar informações sobre a falta de merenda.
"Aqui na escola temos vigias e auxiliares administrativos terceirizados pela empresa SS Construções que estão sem receber os salários. E se eles pararem, nós suspenderemos as aulas porque não tem condições de deixar os alunos na escola sem esses profissionais. Além disso, desde a segunda-feira (05) não temos merenda para os alunos e nem gás de cozinha", disse o diretor da escola.
Na tarde de ontem, os vigias de algumas escolas e CMEIs do bairro de Felipe Camarão se reuniram para definir o que fazer caso os repasses não sejam feitos. Muitos estão com aluguel da casa atrasado com ameaça de despejo, outros com água e luz cortadas.
"Enquanto tem uns que querem fazer greve por aumento de salário, nós estamos aqui lutando para tentar receber os atrasados. Eu estou com a pensão do meu filho atrasada. A gente não quer parar, mas parece que essa vai ser a única saída ", disse um dos porteiros que não quis se identificar com medo de represálias.
De acordo com o vice-diretor da Escola Municipal Francisca Ferreira, Milton França, em alguns CMEIs os porteiros já não estão indo mais. Um outro vigia, que também não quis se identificar, disse que tem que escolher entre ir trabalhar e ficar sem receber ou tentar fazer 'bico' e ganhar algum dinheiro para levar comida para casa.
Pelo contrato, cada vigia deveria receber um salário bruto de R$646,00, mais R$75,00 de ticket alimentação e vale transporte. Mas há dois meses eles não recebem os valores devidos e nem a previsão de quando poderão contar com esse dinheiro já, que segundo eles, a SS Construções, empresa terceirizada pela qual são contratados, não dá nenhuma satisfação sobre o pagamento.
"A gente liga e a pessoa que atende, muito mal educada por sinal, se nega a dar informação. Diz apenas que não há previsão de pagamento", disse um dos porteiros.
A reportagem da TRIBUNA DO NORTE entrou em contato com a SS Construções, através da assessoria de comunicação, mas até o fechamento desta edição não houve nenhum retorno sobre a regularização dos pagamentos. O secretário de educação, Walter Fonseca, também foi contatado, mas não atendeu e nem retornou as ligações.
MERENDA
O fornecimento da merenda escolar por parte do município de Natal ainda não foi normalizado. Os alunos da Escola Municipal Veríssimo de Melo, em Felipe Camarão, foram dispensados mais cedo ontem a tarde porque não havia merenda. A situação, segundo o diretor da escola, Walker Francis, é semelhante na maioria das escolas e CMEIs de toda a cidade.
Na semana passada a secretaria de educação informou que 55.963 alunos estavam sem a merenda escolar diária devido ao bloqueio de verbas da Prefeitura que atingiu recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Além das escolas municipais, quatro CMEIs paralisaram os atendimentos pela falta de recursos.
A TN não conseguiu contato com a SME para pegar informações sobre a falta de merenda.
FONTE: http://tribunadonorte.com.br/noticia/greve-e-falta-de-merenda-ameacam-ano-letivo/236031
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