quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Mais da metade dos municípios brasileiros deposita lixo em terrenos sem preparo

19/10/2011 - 10h00

Do UOL Notícias
Em São Paulo e no Rio de Janeiro

Dados do Atlas de Saneamento 2011, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apontam que mais da metade (50,8%) das cidades brasileiras não descarta adequadamente o lixo recolhido, enviando-o diretamente aos famosos lixões. Nestes locais, os resíduos em estado bruto são depositados sobre um terreno sem preparo e sem tratamento dos efluentes líquidos derivados da decomposição do lixo, como o chorume.
O levantamento foi feito em 2008 e aponta as regiões Norte e Nordeste como as mais críticas. Nelas, os percentuais de detritos jogados em lixões chegavam a 89,3% e 85,5%, respectivamente. Embora os números ainda sejam altos, houve uma redução significativa (em torno de 12%) desde o último levantamento, feito em 2000.
A quantidade de lixo absoluta produzida no país cresceu cerca de 37,6% de 2000 a 2008, saltando de 133.281 toneladas por dia para 183.488.
Os Estados do Pará, Amazonas, Pernambuco, Bahia, São Paulo, Rio Grande do Sul e ainda o Distrito Federal se destacam em suas regiões quanto ao volume coletado. No caso de São Paulo e do Rio Grande do Sul, ambos respondem regionalmente por mais da metade do lixo coletado diariamente.
Em 40,2% dos municípios brasileiros, a coleta é realizada todos os dias. No entanto, 6,4% das cidades não realizam coleta domiciliar.

Lixo hospitalar e coleta seletiva

Cerca de 42% dos municípios brasileiros depositam o lixo hospitalar junto com o comum. A prática é comum principalmente nas regiões Norte e Nordeste.
Já o número de municípios que declararam possuir coleta seletiva do lixo chegou a 17,9%. Em 2000, o percentual era de 8,2%. Nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste mais de 90% das cidades declararam não possuir o serviço.

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