segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Bancários de São Paulo aprovam fim da greve

Do UOL Economia, em São Paulo
Atualizado em: 17/10/2011 - 20h09
Os bancários de São Paulo, Osasco e região aceitaram a proposta feita pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e decidiram encerrar a greve após 21 dias. Eles devem voltar ao trabalho nesta terça-feira (18).
A decisão foi tomada em assembleias na noite desta segunda (17), segundo informação da assessoria de imprensa do sindicato. A proposta foi aceita inicialmente pelos funcionários dos bancos privados, seguidos pelos trabalhadores do Banco do Brasil e, depois, da Caixa Econômica.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) propôs que os sindicatos de todo o país aceitassem a proposta apresentada na última sexta-feira (14) pela Fenaban.
A maioria das assembleias acontece na noite de hoje em todo o país.

Bancários de Curitiba e região já voltaram ao trabalho

Os bancários de Curitiba e região metropolitana decidiram voltar ao trabalho hoje. Cerca de mil bancários participaram na noite de ontem (16), em Curitiba, da assembleia convocada pelo sindicato da categoria, quando ficou decidido o fim da greve.
Segundo o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, as propostas da Fenaban, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil foram aprovadas por ampla maioria.

Detalhes do acordo

Para o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, o acordo firmado com a Fenaban "foi uma vitória e reforçará as reivindicações de outras classes de trabalhadores, que vão discutir daqui para a frente seus acordos coletivos anuais".
A proposta da Fenaban estabeleceu reajuste de 9% sobre os salários e de 12% sobre o piso da categoria, válido a partir de 1º de setembro.
O valor do piso sobe de R$ 1.250 para R$ 1.400.
Os bancários vão receber da instituição em que trabalham até 2,2 salários por ano, a título de Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Pelo acordo, a categoria conquistou aumento real de 1,5%, e para o piso da categoria, o aumento real foi 4,3%.
Os bancários vão repor os dias de paralisação até 15 de dezembro, o que afastou a possibilidade de desconto dos dias parados.
"Houve ganho político muito relevante, uma vez que o discurso do governo é de que aprovar reajustes acima da inflação e dar ganhos reais, realimentaria a inflação", disse Cordeiro.

Ganhos sociais e de segurança

Além do campo financeiro, ele cita ainda avanços na questão social e no que se refere à segurança. Ficou acertado, por exemplo, que os bancários não vão trabalhar no transporte de valores, o que "porá fim à violência que muitos sofrem, principalmente no interior, com a ocorrência inclusive de casos de mortes".
Ele cita ainda a proibição da divulgação pelos bancos de ranking sobre o desempenho individual de bancários, prática que, segundo o sindicalista, provocava constrangimentos no local de trabalho.
(Com informações da Agência Brasil)

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