domingo, 3 de julho de 2011

BRASIL Falsificado

Um país onde o que se compra é falho. O fósforo que compramos no mercadinho é feito para quebrar ao meio e gastar mais. O papel higiênico frágil é feito para sujar mais do que limpar. A vela é feita para acabar rapidamente. O creme dental é feito já para cair uma boa quantidade na pia quando se coloca na escova. As fechaduras são caminhos para segurança dos ladrões quando agem. As canetas foram feitas para falharem ao cair. Os lápis de hoje não acompanham mais a borracha, vem junto com o apontador, porque a ponta se quebra rápida e facilmente. Os eletrônicos são aparentemente perfeitos, prontos para dar defeito: é o que acontece frequentemente com computadores, televisores, celulares e até carros.

É, realmente, estamos no país dos descartáveis onde os próprios descartáveis não prestam. E ainda falamos que são da China ou do Paraguai, mas sabemos que são brasileiros mesmos. Os celulares estão banalizados com a série de chips, quando poderiam criar apenas um chip universal diferenciado por código numérico; assim não teríamos tanta carcaça nas lixeiras e trotes azucrinando a vida alheia sem nenhum controle. Hoje, as pessoas compram um celular por R$ 10, 00 com chip, passam trotes, aterrorizam pessoas com falsos seqüestros, fazem armações fraudulentas e criminosas e, jogam o celular fora para comprar outro.

Um país onde a Justiça é feita para alguns, para aqueles que têm influência e dinheiro. Quando um juiz decide rapidamente a punição para errantes e criminosos e esquecem de decidir outros casos de mesmo grau cometidos pelos ganhadores da causa. Isso em todos os âmbitos da Justiça, seja trabalhista, civil ou criminal.
Dessa forma, se formos listar o que há de errado e ilegal na vida do brasileiro, não dá para postar no blog. Alguém pode dizer que essa é uma visão pessimista que só vê as práticas sociais e os objetos de consumo pelo lado negativo, mas como podemos observar o lado positivo da comodidade e do conforto se vamos chegar à exploração do trabalho mal remunerado de milhões de trabalhadores ao redor do mundo, a começar pelos baixos salários do Brasil. Ah! Mas gera emprego! Certo! Em troca de quê? Sobrevivência e nada mais. Na verdade, o salário mínimo serve apenas para que os trabalhadores continuem vivos e serem explorados pelos capitalistas. É um dinheiro mensal que não dá para comprar nem comida.

Enfim, alguém pode dizer que este Post é um amontoado de assuntos, mas é simples de entender o ponto aonde se quer chegar. A exploração do trabalho com excesso de carga horária e baixos salários virou característica de países subdesenvolvidos como o Brasil onde a produção de produtos de qualidade não é prioridade, principalmente para pessoas de baixa renda, assalariados; assim, produzem-se objetos descartáveis de baixa qualidade para aumentar o consumo. Daí, essa onda de coisas que não prestam. Por outro lado, o rico que tem dinheiro para pagar por produtos de alta qualidade não tem do que reclamar.

Os objetos e serviços ruins provêm de setores e empresas privadas e públicas; das particulares devemos reclamar porque estamos pagando, mas da pública é inaceitável quando sabemos que o painel do impostômetro está prestes a explodir diante de trilhões de impostos pagos pelos brasileiros. É só para refletir ou ter vergonha na cara? Será isso conseqüência do vergonhoso “jeitinho brasileiro”?

Por Cledenilson Moreira.

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